No dia 19 de junho de 2017, pelas 13H30, foi detido um indivíduo do sexo masculino, por se indiciar a prática, em autoria material e na forma tentada, de um crime de homicídio.
Na sequência de requerimento elaborado pelo Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal de Porto de Mós, no dia 20 de junho de 2017, o arguido foi sujeito a primeiro interrogatório judicial no Juízo Central de Instrução Criminal de Leiria.
Nos autos considerou-se fortemente indiciado que no dia 19 de junho de 2017, pelas 12h45m, no interior de uma residência sita na vila da Batalha, na sequência de uma discussão com a vítima, o arguido muniu-se de uma faca de cozinha com cerca de 12,5 cm de lâmina e colocou-a junto ao pescoço daquela, ao mesmo tempo que dizia “vou-te matar”. Apercebendo-se dos intentos do arguido, a vítima colocou as duas mãos na zona frontal do pescoço e implorou que não a matasse porque era sua mãe. Não conseguindo afastar as mãos da vítima, o arguido desferiu-lhe um golpe no pescoço com a faca que manuseava, ao mesmo tempo que, em tom de voz sério e ameaçador, dizia “vou-te matar, mas vais sentir, vai ser aos bocados”. Neste contexto, a vítima logrou fugir para o exterior do prédio, tendo entretanto surgido uma patrulha da GNR de Batalha. Em consequência destes factos o arguido provocou na vítima uma escoriação no pescoço e ferida profunda no polegar direito.
Verificando-se a existência de perigo de perturbação grave da ordem e tranquilidade públicas e perigo de continuação de atividade criminosa, no seguimento de promoção do Ministério Público, em 20 de junho de 2017, no âmbito do primeiro interrogatório judicial, foi determinado que o arguido aguardasse os demais termos do processo sujeito, cumulativamente, às obrigações decorrentes do termo de identidade e residência (TIR) e a prisão preventiva.
A investigação irá prosseguir sob direção do Ministério Público, com a coadjuvação da Polícia Judiciária de Leiria.