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Interrogatório Judicial. Burlas Qualificadas. Uma arguida. Leiria.

7 maio 2018

No decurso de uma investigação criminal coordenada pelos serviços do Ministério Público - Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria, no dia 3 de maio de 2018, pela GNR de Leiria foi detido um indivíduo, com 42 anos de idade e do sexo feminino, residente na área desta comarca.
No dia seguinte - 4 de maio de 2018 - a arguida foi sujeita a primeiro interrogatório judicial no Juízo Central de Instrução Criminal de Leiria, por se considerar fortemente indiciada a prática, em autoria material e em concurso efetivo, de onze crimes de burla qualificada, sendo dois na forma tentada, fazendo desta atividade ilícita modo de vida.
Dos autos resulta que, no período compreendido entre 02 de dezembro de 2016 e 03 de maio de 2018, a arguida, em harmonia com o plano por si delineado, abordou madeireiros no sentido de lhes propor a compra de madeira sem que fosse proprietária da mesma. Para tanto, mostrou-lhes pinhais situados nos arredores de Leiria, designadamente em Barreiros, Amieira, Gândara dos Olivais, Regueira de Pontes e Serra de Porto de Urso, apresentando-se como proprietária, ciente que os mesmos não lhe pertenciam, mas dando assim credibilidade à sua atuação e criando a convicção nos madeireiros de que os terrenos eram sua pertença.
Na sequência desta conduta, posteriormente, a arguida exigiu a entrega antecipada de uma quantia que variou entre os €1.500,00 e os €9.500,00, aos que aqueles acederam por acreditarem que os referidos pinhais eram propriedade daquela.
Verificando-se a existência de perigo de continuação de atividade criminosa, no primeiro interrogatório judicial, foi determinado que a arguida aguardasse os trâmites do processo sujeita, cumulativamente, às obrigações decorrentes do termo de identidade e residência (TIR), à medida de apresentações periódicas, a efetuar três vezes por semana no posto policial mais próximo da sua residência, e à proibição daquela contactar com pessoas ou representantes de empresas ou sociedades ligadas ao ramo da aquisição/comercialização de madeira.
A investigação prossegue sob direção do Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria, tendo-se verificado até ao momento a coadjuvação da GNR e da PSP de Leiria.