O Ministério Público em exercício de funções no Departamento de Investigação e Ação Penal de Alcobaça, no dia 4 de janeiro de 2018, deduziu acusação em processo comum e perante o tribunal coletivo, contra um arguido, nascido no ano de 1963 e residente em Aljubarrota, Alcobaça, imputando-lhe a perpetração, em autoria material e na forma consumada, de um crime de tráfico de produtos estupefacientes.

Na acusação considerou-se indiciado que, pelo menos desde 2017 e até setembro de 2018, o arguido vendeu diariamente cannabis e cocaína a terceiros, mediante o recebimento de contrapartidas monetárias, sendo as transações efetuadas no interior da sua residência ou de um estabelecimento noturno sito naquela cidade ou ainda nas suas imediações, aonde os consumidores se deslocavam para o efeito. Estes encontros presenciais eram precedidos de contactos telefónicos, com o uso de linguagem codificada para fazer referência à droga.

Consignou-se ainda na peça acusatória que, no âmbito de busca à residência do arguido realizada no dia 22 de setembro de 2018, foram apreendidos diversos bens, nomeadamente, a quantia de € 5.640,000 em numerário, uma balança digital, pedaços de plásticos cortados para efetuar a embalagem de doses de estupefaciente, uma faca com vestígios de haxixe, um telemóvel, cerca de 399,3 gramas de cannabis, 31 gramas de cocaína e 2,1 gramas de folhas de cannabis/liamba, os quais eram destinados à venda, mediante contrapartida económica.

A investigação foi realizada sob direção do Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal de Alcobaça, com a coadjuvação da GNR – NIC de Caldas da Rainha.

O arguido aguarda a realização de julgamento em prisão preventiva, medida de coação que lhe foi aplicada na sequência de interrogatório judicial efetuado em 24 de setembro de 2018 no Juízo Central de Instrução Criminal de Leiria.