Na sequência de uma investigação criminal dirigida pelo Ministério Público em exercício de funções no Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria - 1ª Secção de Caldas da Rainha, no dia 15 de junho de 2016, foram detidos quatro indivíduos, sendo dois do sexo masculino, com as idades compreendidas entre os 22 e 29 anos.
No dia 17 de junho os arguidos foram sujeitos a primeiro interrogatório judicial na Instância Central de Instrução Criminal de Leiria por se considerar fortemente indiciada a prática, em co-autoria material e em concurso efetivo, de um crime de roubo, um crime de burla informática e um crime de sequestro agravado. Uma das arguidas incorre ainda na prática do crime de detenção de arma proibida.
Em conformidade com o plano previamente delineado, no dia 28 de março de 2016, os arguidos subtraíram o cartão Visa Multibanco do ofendido e, sob ameaça de uma arma de características não concretamente apuradas, exigiram a revelação do respetivo código. Utilizando aquele acederam à rede do sistema bancário e procederam a quatro levantamentos de dinheiro, no montante total de 260,00 €, junto da agência de Óbidos do BPI. Nos dias 29 e 30 de março de 2016, com o mesmo cartão, as duas arguidas realizaram oito levantamentos em diversas ATM’s localizadas na cidade de Caldas da Rainha, perfazendo um total de 160,00 €. Neste contexto, os dois arguidos do sexo masculino, que tapavam o rosto com gorros, desferiram vários murros e pontapés no ofendido, provocando-lhe lesões.
Por se afigurar a existência de perigo de continuação da atividade criminosa e de perturbação da ordem e tranquilidade pública, no primeiro interrogatório judicial, o Juiz de Instrução Criminal decretou, a título de medidas de coação, que um dos arguidos aguardasse os demais trâmites processuais sujeito às obrigações decorrentes do TIR e em prisão preventiva. Mais determinou que os outros três arguidos aguardassem os demais termos do processo em liberdade, sujeitos às obrigações inerentes ao TIR e com a obrigação de apresentação diária no posto da entidade policial mais próximo da sua residência.
A investigação prossegue sob direção do Ministério Público do DIAP de Caldas da Rainha, com a coadjuvação do Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária de Leiria.